segunda-feira, 22 de abril de 2013

E o meu anjo é azul (ou: Como o autismo entrou em nossas vidas).



Pois bem, em minha vida monotonia não tem mesmo vez... Eis que estávamos prestes a nos mudar para um apartamento lindão, espaçoso, com direito a área privativa e espaço gourmet, localizado no mesmo bairro onde já morávamos, os detalhes planejadíssimo e a proprietária resolve desistir de tudo. Fiquei chateada demais, porém, o Senhor nos mostra que há um propósito para tudo e exatamente uma semana após este balde de água fria encharcar nossos planos de mudança, cai sobre nossas cabeças um verdadeiro balde de água fervendo: meu filho mais novo (então com 2 anos e meio) foi diagnosticado com autismo. Isso foi há 2 meses...
Vivemos alguns dias de um doloroso luto ( e a coisa dói, arde e queima de um jeito que eu não desejo para ninguém), luto por perder o filho idealizado, luto por ter que sepultar mitos dos sonhos que tínhamos para ele, mas logo vimos que o pequerrucho ao nosso lado era mais do que sempre sonhamos, era uma benção linda e resolvemos foi partir para a luta. Lutar para que ele consiga ir bem mais longe do que podemos imaginar, voar mais alto que as suas limitações, superar todas as nossas expectativas, crescer e nos fazer grandes também... Força e fé passaram a transbordar em nossos corações.
Minha rotina foi totalmente modificada e eu tenho que levar Isaque para as terapias durante 4 dias na semana e estas terapias se encontravam do lado oposto da cidade (sem contar as sessões de terapias domésticas que acontecem no quarto de brincar). Como o trânsito em BH encontra-se cada dia mais caótico, ficou contraproducente continuarmos morando na mesma região. Optamos, então, por dar qualidade de vida ao Isaque (e a nós também) e nos mudarmos para bem próximo ao centro de terapias (que também fica ao lado do trabalho do marido). Como a região é bem mais valorizada do que a que morávamos antes, tivemos que abrir mão do conforto estético de um apartamento novo e cheio de benfeitorias e acabamos optando pelo aluguel de um imóvel antigo (praticamente um simpático museu, rs), que não iria ferir nossos bolsinhos, já calejados pelo custo dos tratamentos. Esta foi verdadeiramente uma atitude corajosa nossa, pensada em tempos de emoção, porém, mesmo passado este momento inicial, a razão tem nos mostrado que fizemos a coisa certa.
Já tenho visto progressos em meu pequeno e nossa rotina tornou-se mais amena.
Ganhamos um diagnóstico e, junto com ele, novos olhos. Passei a enxergar a vida por um ótica mais leve, hoje valorizo ainda mais pequenos gestos, conquistas mínimas, agora sei bem o valor que um simples olhar tem. Se em minha alma o preconceito já não fazia morada, hoje eu luto para que ele passe bem longe da minha casa. Eu amo demais o meu filho especial (porque sim, aquela criança feliz, carinhosa e meiga que abraço todos os dias, é um anjo especial demais) e tenho orgulho por conseguir enxergar os encantos que existem nas diferenças.


Beijos,
Vanessa Alves.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Indignação...


A mídia cospe em nossas caras, diariamente, notícias de um mundo cada vez mais inóspito. Leio incrédula a maioria dessas informações, porém, me chama especial atenção aquelas cujo  conteúdo reflete a depreciação da família, a deturpação de nossos valores morais, a putrefação de nossas raízes espirituais.  Adolescentes e crianças cometendo crimes, ceifando vidas, sem resquício algum de arrependimento... Nessas horas, eu paro e repenso o quanto do que eu vivi e aprendi na infância quero e preciso resgatar e trazer para a rotina de meus filhos. Se eu não posso trazer de volta a pureza do ambiente e da comunidade em que eu vivia, posso pelo menos tecer com boa cultura, boa educação e bons exemplos um “tampão” que gere permeabilidade seletiva para os seus olhos e ouvidos.
Perdoem-me o pensamento solto, mas hoje estou indignada demais para ficar calada!

Vanessa Alves.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Mais uma volta...

Sim, eu apaguei a última postagem deste meu diário, pois resolvi exercer o desapego de dores emocionais que tão mal me fizeram nestes últimos meses...
Agora, fiz as pazes com a minha felicidade e com ela firmei um pacto sem volta: não daremos trégua para que as tristezas e momentos difíceis façam reinado em minha vida!
Voltei cheia de novos projetos, cheia de novas alegrias, rosto abarrotado de sorrisos. 
Trabalho novo, casa nova, rotina nova, tudo isso são ingredientes fresquinhos para que eu possa fazer deste ano um território fértil para grandes realizações.
Registro aqui o meu desejo para minha vida e para a vida de vocês, queridas amigas virtuais que não me deixaram desistir deste cantinho: "2013, por favor, SEJA INCRÍVEL"!!!

Beijos,
Vanessa Alves.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Depois da tempestade...


Depois de tanto tempo, volto a postar aqui neste meu doce cantinho...
Foram meses tão difíceis estes últimos que se passaram! Eu, forte como sou, desta vez me rendi à fragilidade. Momentos tão ásperos, dores que teimavam em não se calar.
Apesar de tudo, aqui estou eu, feliz com o arco íris que se formou depois da tempestade, saltitante em ver que meu coração voltou a ficar ensolarado, terno, tranquilo... Daqui a pouquinho será primavera lá fora, mas aqui em minha alma as flores já estão desabrochando, tímidas ainda, mas já dá para sentir a suavidade de seu perfume, há paz exalando aqui dentro!
Desta vez, eu volto para ficar!!!
Saudade de visitar tantos cantinhos amigos...

Beijos,
Vanessa.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Livro Tilda + Novo Vício...


Comprei o livro Tilda's SUMMER IDEAS na Livraria Saraiva por 15 dinheirinhos! Olha, que preço bom, meninas! Porém, ainda não tomei coragem para fazer minha primeira Tilda...
Quando a transportadora veio me entregar o livro, dei pulinhos de alegria e, com razão, pois as imagens são fofas!
Eu, agora, decidi mesmo "dominar" a minha máquina de costura ("Xô, inibições!") e andei fazendo paninhos de prato, joguinho americano cute e uma Matrioska.
A história dessa Matrioska é a seguinte: a vi a primeira vez no blog A casa da Sheila e me apaixonei pela fofurice (aliás, as arteirices dela são repletas de capricho). Só que era um projeto da Lu Gastal e como as finanças este mês já estão todas programadas (inclusive, incluí nas ditas "finanças" um projeto Tilda Camponesa da própria Lu Gastal, que eu vou adquirir ainda esta semana), eu tive que "inventar" eu mesma os moldes para fazer minha Matrioska. Desenhei a mão livre mesmo e saiu esta almofadinha aí. Achei uma gracinha, mesmo tendo ficado pequenina.
Marido, sendo o ser muito sensível que é, chegou em casa ontem, viu a Matrioska e logo exclamou: "Amor, você fez um João Bobo?"... Ninguém merece!!!
Pretendo fazer mais costurices ainda esta semana, inclusive uma cortina para a janelinha da minha cozinha (será que consigo???). Assim que as fizer, posto aqui, ok?!

Beijinhos,

Vanessa Alves.
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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Nossa Páscoa...



O feriado aqui foi bem corridinho!...
Recebi visitas e ainda tive que fazer uma monografia (!!!) para minha irmã mais nova que cursa Medicina e que tinha viajado com o noivo para praia (espertinha!).
Meu filhinho tem alergia a leite, soja e cacau, assim sendo, chocolate era algo fora de cogitação nesta Páscoa. Ainda assim, eu queria muito ter executado algo fofo e especial para o meu pequeno neste dia (tipo uma super produção mesmo, rs), porém, o tempo que me restou foi tão curtinho que só consegui fazer esta almofadinha e este varal de coelhinhos. Mas, mesmo tão singelos, os presentinhos já encheram de sorrisinhos o rosto do meu bebê, que comemorou 1 ano e 7 meses de vida cheinha de beijos e amassos da mamãe.
Eu ainda não sei costurar, quem dirá bordar e também quase não tinha tecidos em casa, por isso "apanhei" muito para fazer esta almofadinha e o resultado final não é de se encher os olhos, mas tem muito carinho em cada pedacinho dela!...
Espero que a Páscoa de todas tenha sido abençoada e feliz e que a semana seja lotada de boas surpresas e ótimos acontecimentos para todas!

Beijinhos,

Vanessa Alves.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Confidências...



Sou mãe, apaixonada pelos rebentos, tenho um Shih Tzu (bem paraguaio, mais parece um Lhasa), romântica ao extremo, inquieta por natureza (com certeza, meu alter ego é portador de hiperatividade, rs). Falante, feliz, amante dos detalhes e delicadezas. Sou neta criada com a avó, que cresceu fazendo roupinhas de boneca e com medo de subir em árvores. Meu mal crônico é a ansiedade (nunca consegui resolvê-la de vez). Amo ler, livros para mim são mágicos e consigo me transportar fielmente para o mundo que eles me apresentam durante a leitura (passo dias sendo amiga dos personagens). Prefiro o afeto do artesanal do que a precisão do industrial. Tenho fascinação por Paris; prefiro o campo do que praia. A maternidade e a maturidade, me fizeram amar a tranquilidade, passei a enxergar e a valorizar a beleza da simplicidade. Antes de ter meu filho Isaque, eu trabalhava muito, muito mesmo. Desde que havia me casado, raramente havia passado uma semana inteira em casa, viajava sempre a trabalho (inclusive finais de semana), não cozinhava para o meu marido, era adepta master do fast food, nem compras para a casa eu fazia, deixava tudo nas mãos da empregada... Meu casamento era um verdadeiro caos, porque meu esposo se sentia infeliz por eu não me dedicar nenhum pouco a ele e ao nosso lar (para ser sincera, nossa casa nem parecia um lar, estava mais para um república de estudantes organizada). Me esconder no trabalho era catarse, porque eu queria muito ter o nosso filho mas, devido a uma doença que sou portadora, eu perdi várias gestações... (Tá, eu trabalhava muito também porque eu era cria do capitalismo e consumismo podia até ser usado como meu segundo nome). Até que eu engravidei do meu pitoco, uma gestação de alto risco que me fez ficar desde o início dela de licença, em casa. No início eu quase pirei mas, aí me adentrei mais ainda no mundo dos blogs e passei a amar aquele momento, passei a valorizar a tranquilidade, esquecer da agitação... E quando meu filho nasceu, tive que parar de vez com o trabalho, pois ele tem alergia alimentar múltipla, não pode nem chegar perto de uma infinidade de alimentos (incluindo leite de vaca) e eu não confiaria em deixar meu precioso com ninguém. Hoje tenho uma vida abençoada, sou feliz cuidando da minha casa, mimando todos os cantinhos dela, paparicando minha cria e meu esposo. Aprendi a cozinhar e conheci o prazer do artesanato. Minha melhor aquisição de todos os tempos foi minha máquina de costura (não sei costurar ainda, mas amo ficar tentando) e meu relacionamento com ela reflete bem como eu fui até um tempo atrás: ganhei-a de presente do marido no Natal de 2009, pois sempre desejei muito ter uma máquina de costura (sou filha de costureira, neta de arteira) e demorei 2 anos para ter coragem de encostar a mão na dita cuja com medo de me frustrar, caso não conseguisse costurar. Mas, mudei bastante de um tempo para cá e já não sou mais tão medrosa assim...
Muito da força que hoje tenho veio da real aceitação dessa minha nova rotina e, creiam, foi conhecendo um monte de histórias emocionantes de força, superação, positivismo, em blogs reais que fui aos poucos aprendendo a apreciar a minha realidade. A cada dia, a cada postagem lida, era um novo empurrãozinho em busca de viver melhor. A Blogosfera, para mim, foi terapia (e terapia bem sucedida, preciso afirmar). Cada blog que visito me traz um ensinamento novo, uma ideia, uma inspiração, lições de vida preciosas. Com os blogs que leio, aprendi verdadeiramente a amar o que tenho, ao invés de lamentar o que não possuo. Descobri gente valiosa, verdadeira, dona de sentimentos puros, disposta a ofertar carinho, assim, gratuitamente... E é tudo isso que me fez querer ter um blog, daí nasceu a ideia do "Diário de Comadre". A função será mesmo ser um diário, um lugar onde eu possa relatar o que penso, o que sinto, o que vivencio, o que faço. Mostrar um pouco das arteirices que aprendo nesta deliciosa escola virtual de blogs, das receitas que eu adapto para fazer para o meu filho (sim, sou fera em bolos sem leite, sem soja e sem ovos!), dos truques que aprendi sendo mãe, das minhas peripécias como dona de casa. E espero que seja um meio também para eu cultivar amizades, pois me sinto muito sozinha aqui em BH, toda a nossa família e amigos estão no interior e moça tímida que sou (sim, sou uma jovem moça perto de completar seus 34 anos de idade), tenho uma certa dificuldade para dar o primeiro passo em contatos da vida real.
Então, esta sou eu, em frases e em foto...

Beijos,
Vanessa Alves.

P.S.: O bloguito está assim, sem personalidade, praticamente um esboço, mas, em breve, ele vai ter carinha de Vanessa, podem apostar!...